sexta-feira, 31 de julho de 2015

POEMA ARRE BURRO



ARRE BURRO  

Balada de esturro!
Asinino em extinção
Arre burro!
 Mereceu atenção
Não se fez casmurro
Na quietude deu lição
Sem arreata ficou,
Quieto fez tenção
O dono, da água-pé provou
Daniel Oliveira, o manjericão!
O burro quieto, descansou
Da longa caminhada de supetão
Desde o pinhal de Leiria, suportou
O dono descalço era mocetão
A dupla ali deixou
Dois molhos de caruma, em jeito de festão
A estratégia os arrumou
Dependurados no dorso, do valentão!
A memória se guardou
O aconteceu em 1948, então
Em matança, o porco esticou
A caruma fez tição
Arre burro!...
 
Daniel Costa

quarta-feira, 29 de julho de 2015

POEMA A VIDA É UM RASCUNHO




A VIDA É UM RASCUNHO 


Viver é torvelinho,
Amar é permanecer
A vida é um rascunho!
Gostoso de tecer
Deixemos testemunho
Da seara que fica por fazer
Eu - poeta, me desunho
Até morrer - Diria fenecer!
Desejaria tudo com cunho,
 Para o mundo rejuvenescer
Ponhamos o nosso sorrisinho,
Que tudo pare de ensandecer!
Oh… Mundo olha o caminho!...
Trilha-o, fazendo-o resplandecer
Doa-te com amor e carinho
Ergue tendas, onde todos possam beber
Acaricia todos, como se fosses fradinho
Não deixes a maldde se intrometer
Cria nova era, à  presente dá descaminho
Haja ordem, novo alvorecer!
Ergamos o nosso punho!...
A igualdade façamos nascer
A vida é um rascunho!...


Daniel Costa


 

domingo, 26 de julho de 2015

POEMA GOTA DE ORVALHO




GOTA DE ORVALHO


Suave mimalho
 Intimista subtileza
Gota de orvalho
Lição da natureza
Flor de agasalho
Visão de clareza
Jardim de entalho
Cultura de framboesa
Gota de orvalho
Frescura de pureza
Compondo o ramalho
Brancura e leveza
Rigor de atalho,
De fina certeza
Gota de orvalho
Subtileza!


Daniel Costa

sábado, 25 de julho de 2015

POEMA JÓIA RARA




JÓIA RARA 


Beleza de seara!
Exclama o agrário
Jóia rara
Leitura para literário
Tudo se equipara
Patena em sacrário
Música de câmara
Anjo honorário
Jóia rara
Bonito cenário
Aveludado de pêssego e tâmara
Evangelista e seu breviário
Mulher bonita de tiara
Catita comentário
Jóia rara
Piropo temerário
Poesia clara
Desejo, como corolário
Jóia rara
Lampejo binário
Jóia rara!


Daniel Costa


 


 

quinta-feira, 23 de julho de 2015

POEMA A COSTUREIRINHA




A COSTUREIRINHA


 


Parecendo maneirinha


Poder de avassaladora


A costureirinha,


Género aniquiladora


Sempre montada, a turrinha!


De hordas - Congeladora


Factor de amiguinha


Nas picadas de outrora,


Em estrutura verdinha


No nascer de outra aurora


A costureirinha


Gente retrógrada, mobilizadora,


Estrutura mesquinha


Guerra aterradora


Mocidade fresquinha


Ao comando da metralhadora


A escoltar toda a linha,


De tranquilidade insufladora


A costureirinha,


A pesada metralhadora,


A costureirinha


Essa agora!


 


Daniel Costa


 


 


 


 

domingo, 19 de julho de 2015

POEMA ANJO DA FRATERNIDADE




ANJO DA FRATERNIDADE



Cultivemos a afabilidade


Vivamos com mansidão


Anjo da fraternidade


Pugnemos pela vastidão


Evitemos a subjectividade,


Gerando clima de certidão


Procuremos a afinidade


Intransigentes na rectidão


Voguemos na lealdade


Escutando a aptidão


Que nos guia na verdade


Nos caminhos da gratidão


Guiados de serenidade


Amemos com a razão


Amemos com apostolicidade


Festas de exactidão


Alvoradas aromaticidade


Auroras de prontidão


Anjo da fraternidade


Angélico bordão!


 


Daniel Costa


 


 

POEMA AVÉ MARIA




Aguardando a imagem surja no bote à esquerda



No fim, brindando com amigão Veroni

AVÉ MARIA 

O estuário do Rio Paraíba sorria
 Brilhantes os holofotes
Avé Maria!...
A beleza sem archotes
Entrada na noite, alquimia
Surpresa num dos botes
Emoção sóbria com primazia
Humanos em magotes
Avé Maria
Praia do Jacaré, de dotes
De João Pessoa, faz história,
Poderia dizer-se, seus laçarotes
Jurandy do Sax torna memória
Interpretando, música em virotes
Avé Maria
 A virgem abençoaria, seus fiéis filhotes
A imagem, ao som do sax, se descobria
Paraíba, do turismo, em pacotes!
Avé Maria!
Avé Maria!
Avé Maria!

Daniel Costa



sábado, 18 de julho de 2015

POEMA PÔR-DO- SOL NA PRAIA DO JACARÉ


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PÔR-DO-SOL NA PRAIA DO JACARÉ

Para além do Equador, genarié? *
Em Cabedelo, foz do rio Paraíba
Pôr-do-sol na Praia do Jacaré
Lindo como ilha Caraíba
Oh monsenhor de Poincaré!
Visão de outro mundo, Japuíba
Embalados no fluxo da maré
Imaginemos o morro Itaíba,
Ou o poderoso deus de Avaré
Férteis margens, a recordar Guaíba
Pôr-do-sol na Praia do Jacaré
O toque do bolero, memória descritiva!
Jurandy do sax, que memorável é!
Adorável esplendor visual de mangaíba
Crepúsculo e som de sax olaré!
Tudo a fazer imaginar formosa diva,
Pôr-do-sol na Praia do Jacaré!

Daniel Costa

·         Angolano Quioco = como te chamas?

 

sexta-feira, 17 de julho de 2015

POEMA CABO BRANCO



 
CABO BRANCO

Mar límpido e franco
Novo mundo - Quedo
Cabo Branco
Ponta do Seixas; dedo,
Das Américas flanco,
Flutuando sem segredo
A constituir avanço
Contendo verde arvoredo
Parte mais oriental balanço,
Para o sol nascer mais cedo
Ali na orla, naquele lanço
Atraente folguedo
Da arquitectura habilitanço
A chegar ao mudo, ledo
Espaçoso e eterno balanço
Rapidez de torpedo
Cabo Branco
Modernidade e não bruxedo
Cabo Branco!

Daniel Costa

segunda-feira, 6 de julho de 2015

POEMA ELEGANTE EDILENE



 
ELEGANTE EDILENE


Viajei à cidade de Abilene
Hemisfério sul, além do Equador
Deparou-se a elegante Edilene
Fascínio assaz insinuador
O coração arrebatou-se solene
Valeu o núcleo apresentador,
Soando em jeito de sirene
O fascínio ficou louvador
Que ninguém se apaixone!
A hora soará, com terno bajulador
Elegante e sensual Edilene
Gaiata de espírito avassalador
Deusas a protejam, e um deus lhe acene
Nas festas Juninas, paraíso cinzelador,
Campina Grande, atraente ademane,
Encontre ali o seu mundo arrebatador,
No arraial rodopie, vibre e o ajardine,
A maior festa Junina, do mundo cintilador
Já que terá nascido perto, vibre e assine
Beldade de glamour - Perpetuador 
Elegante Edilene!


Daniel Costa

sexta-feira, 3 de julho de 2015

POEMA ELOAH E VERINHA



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ELOAH E VERINHA  

Ambas na linha,
Na minha Lisboa
 Eloah e Verinha
Onde se pode ver a canoa
Mulheres bonitas; fui testemunha
Privilégio - Oh… Coisa boa!
Duas flores, mãezinha!
Margem de lagoa
Poesia e café - Festinha
Confraternização se apregoa
Dois mundos; ideia rainha
A poesia não destoa
A felicidade foi minha
Prosa, outro continente ecoa!
Salvé – Rainha!
Cultura pertinente soa
Doçura se encaminha
O encontro não foi à toa
Sensualidade numa paradinha
Amizade de irmãos em Lisboa,
Café Brasileira do Chiado, fadinha
O fado sorri e ressoa! 


Daniel Costa

quarta-feira, 1 de julho de 2015

POEMA LENDA DE TAMBÚ




 
LENDA DE TAMBAÚ 


Sonho de baú
Donde sai lenda,
Lenda de Tambaú,
Onde o mar é prebenda
Doma-se como zulú
Mar a espraiar-se como renda
Na praia de fina areia – Sarau!
Sítio de Tambaú na agenda
Por certo ali aportou alguma nau,
Na era cabralina, como legenda,
 Um franciscano de berimbau
Determinou a lenda da fenda,
Lavrada até ao centro com um calhau
Ali de religiosidade oferenda
Ficaria a reinar Santo António, feito Jau
S. Francisco de Assis ficou na senda
Foi ele que a registou em Tambaú,
A lenda da memória, é comenda,
Lenda de Tambaú
História ou legenda!


Daniel Costa