sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

POEMA PORTAS DE BENFICA





PORTAS DE BENFICA 


Carecerá de hermenêutica
Quiçá, de outra ciência
Corredor das Portas de Benfica
Símbolo sem reticência,
Da freguesia, como se verifica
Grafia de competência
Da zona ocidental, cartográfica,
De Lisboa abrangência
Das vinte e seis entradas, a dinâmica,
Qualificou só uma, a consagrou com ardência
Corredor das Portas de Benfica
Das alfândegas padrão de adjacência
Capital verde e odorífica
Vendo por perto, sem abstinência
 Quinta da Granja - Estratifica
De variegadas tradições, eloquência
De séculos e povos, geopolítica
 Marcaram a sua permanência
Em visão vivencial e analítica
Bom horizonte visual e climático, em potência
Corredor das Portas de Benfica!


Daniel Costa 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

POEMA SOL, A CAPA DOS POBRES





SOL, A CAPA DOS POBRES 


Como poeta muito encobres
Evocando a tua história
Sol, a capa dos pobres
O dito, ficou na memória,
Encorajamento, de nobres
De boas intenções – Protetoria
Calas, pensas e descobres
Não teres promissória
Com querer, eleges teus timbres
Conduta de salutar mestria
De futuro, alfobres
 Vigor de amor e caloria
Olhando o passado, com vislumbres
De labutas, em caminhos de regedoria,
 Sabedoria de palácios, não de casebres
Sol, a capa dos pobres
Outro agasalho, seria luxo de febres!


Daniel Costa

POEMA FLOR DA MARESIA


 
FLOR DA MARESIA

Do mar cortesia
Do luar desejo
Flor da maresia
Rebentação de murmurejo
Odor de travessia
Fragrância de cortejo
Jardim da falésia
Flores de solfejo
Murmúrios de poesia
Do amor arejo
Dos sentidos anestesia
Brindando todo o brejo
Vidas de burguesia
Entrai no cortejo
De toda a freguesia
Beneficiando do ensejo
Marés de catarsia
Sentimentos de lampejo
Do amar fantasia
Frescura de latejo
Flor da maresia! 

Daniel Costa

 

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

POEMA ANJO DA SEDUÇÃO





ANJO DE SEDUÇÃO
 
Multiplicai-vos!... Foi de Deus a solução
A Quem; devemos essa vitória
Depois nomeou um anjo de sedução
Deus de amor, de perdão e glória,
Conferindo à mulher a atribuição,
A benesse, da escapatória
De atrair o homem, para a união
Para a palma, a parecer oratória,
Pendor para objectivar a reprodução
Tenhamos isso na memória
O côncavo e o convexo, são evolução
Da sociedade, dos anais da história
Humana cultura, infinitamente em construção
Do alargamento … Promissória
 O homem a depender do desejo da prossecução
Entre o bem e mal da trajetória
O anjo é apenas curador de indução
A mulher tem o poder de atrair, em teoria,
Será apenas serpente de atração
Anjo de amor, anjo de protetoria
 Anjo de sedução!


Daniel Costa

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

POEMA FRENTE AO MAR


 
FRENTE AO MAR

Viver é remar
 A favor da maré
Frente ao mar
Ver nele a grande gare
A plataforma de acalmia
Imagine-se a praia do Jacaré
Som de bolero, a animar
Ao pôr sol no hectare
Mordomia aprumar
Até que a euforia pare,
Para a vida aromar
Consciente, no cabaré
De fronte declamar
Qual círio da Nazaré
Junto, à praia a espumar
Bem remar, para nós é…
Frente ao mar
A vida sem trato de polé
Rememos frente ao mar! 

Daniel Costa

domingo, 15 de fevereiro de 2015

POEMA AMOR DA ALDEIA




AMOR DA ALDEIA

Sorriso de sereia
Abarcando o Bantustão
Amor da aldeia
Da marítima região
Onde o amor incendia,
Brilha o feliz mocetão
O mar enrola na areia
Povo cristão
Na beira-mar vagueia
Em jeito de arrastão
O amor encandeia,
Como flor em botão
Ditosa ameia,
Airoso foguetão,
Noites de lua cheia,
Luar de Verão
Deusa medeia,
A salpicar o coração
Perversa enxameia,
Ensaiando a sugestão
Despertando a veia,
Amor de vistão
Amor da aldeia

Daniel Costa
 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

POEMA REBELDIA


 
REBELDIA

Telepatia
Desconcerto
Rebeldia
Liberto
Sem tirania
Descoberto
Ousadia
Desaperto
Moradia
Em concerto
Taquicardia
Futuro incerto
Cacofonia
Interior torto
Balbúrdia
Mundo – Deserto
Procurando concórdia
Por perto
Insidia
Decerto
Perfídia
Trajeto:
- Rebeldia! 

Daniel Costa


 

 

domingo, 8 de fevereiro de 2015

POEMA ANJO DA RAZÃO



 
ANJO DA RAZÃO 

Vislumbrei de antemão
Sonhei com campo aberto
Anjo da razão
Jamais um deserto,
Antes como a oração
Eternamente aberto
Audaz, veloz como furacão
De entraves liberto
Eis a inteira razão
Tendente a pegar o enxerto
Adorável coração
Como heliporto
Suave veneração
Bendito horto
De inteira redenção
De preconceitos liberto
Nova incarnação
Moderno concerto
Anjo da razão
Meu mentor certo!
 
Daniel Costa

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

POEMA CLEPSIDRA HISTÓRICA



A CLEPSIDRA E A HISTÓRIA

Recurso perde-se na memória
Oráculo de jurisprudência
A clepsidra e a história
Encerram mundos de ciência
Recordar é como oratória
Recorrer salva aparência
Areia da clepsidra rogatória
Criando mágica reticência
Abrigo de protetoria
Dos poderosos; abrangência
Dos leais devia ser provedoria
 Eficaz e justa, nunca negligência
Veia de cegueira, perante a escória
Aos poderosos, exige comparência
Não inventes ou traces divisória
 Furos da lei como divergência
Quem os cria; imagina a glória
Dos poderes, sempre inerência
 Sempre esmagadora vitória,
Para verter com impertinência
A clepsidra e a repetida história!
Irra!... Que irreverência! 

Daniel Costa

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

POEMA PEIXE VOADOR



PEIXE - VOADOR 

Passagem do equador,
Marítimo, festa a bordo
Peixe - voador
Cardumes; os recordo
Clima tropical abrasador
Apoquentando como dardo
No diário anotado
Ficou em jeito de moscardo,
Coração acelerado
Zunindo, jeito de petardo
O denodado calor
Aventura de bardo
Mar de ar abrasador
Deuses! Era a bombordo
Homem batalhador
Cumpria sem sentir fardo
Em ocasião de pundonor
Foi assim o resguardo
De inquestionável aceitador
Missão de acordo
Peixe - voador
Na tona do mar, rebordo
Passagem do equador! 

Daniel Costa