sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

POEMA NASCIDO PARA SER FELIZ

 
NASCIDO PARA SER FELIZ  
Foi Deus que assim o quis
 Saltar fora do ninho, vaguear implume
Nascido para ser feliz
Saltitando como a codorniz, parecendo vaga-lume
Fugidio, assim foi o petiz
Com quatro anos entrava no cardume
Um dia algo aconteceu, sem deixar cicatriz
Corria puxado por um volume
Sem inda saber era, do progresso, geratriz
Uma furgonete com o habitáculo de madeira e betume,
Madeira era a sobrepeliz
Choveu - A rua se encontrava num negrume,
A Rua era de terra batida, daquele tempo cicatriz
Na correria aconteceu, na água rodou, aquela saltou em volume
O petiz, de calção domingueiro, não tinha cicatriz
Logo do pára - choques se afastou, sem queixume
Correu a casa, a mãe foi bem uma imperatriz
Apazigou e tornou o momento incólume
 O episódio ainda em jeito de filme passa pela memória, num triz
Passaram cerca de setenta anos, o recordar é costume
Foi Deus que assim o quis!
O petiz foi, de certa maneira, precoce sem sentir azedume
 Nascido para ser feliz!


Daniel Costa

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