sábado, 17 de janeiro de 2015

POEMA FÚRIAS



Foi frente a esta escola que então, só tinha andar térreo, que frequentava, que se deram os jogos de hóquei (de imitação, diga-se).
 
      FÚRIAS      

Tempo de jogos; alegorias!
Eram assim comuns as designações
A professora reparou e designou; fúrias!
Observou as habituais aglutinações
Era o rapazio numa ode às alegrias
Desta vez, não se ia jogar com berlindes ou piões
O jogo de hóquei estava nas fobias
Tempo de Portugal, no hóquei dar lições
Os primos Correia eram como Golias
No hóquei patinado, eram gigantões
  Elevavam o nome de Portugal, tinham regalias!
A Emissora Nacional mandava relatar em vários serões
Por Amadeu José de Freitas, também ídolo das nossas fúrias
 Nós miúdos; os íamos imitar, jogando, sem calções
Em homenagem aos internacionais com idolatria
Durante certo torneio de Montreoux, sem confusões
Ganharam e elevaram a Pátria sem euforias
Mais uma vez foram internacionais campeões
Confesso que por eles em mim ficaram idolatrias
A bola é transportada por Jesus Correia sereno, sem interrupções
Este passa para Correia dos Santos… Golo!... Magias!...
De hóquei em patins, ídolos sem ilusões
Era em terreno livre, frente à escola, não eram lérias
Os primos Correias da infantilidade ídolos, paixões!
Cerca de vinte anos depois, falava com os dois – Dia de alegrias!
Naturalmente, sem divinações,
Fúrias?!
 
Daniel Costa

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