sexta-feira, 28 de novembro de 2014

POEMA RAIO DE SOL



RAIO DE SOL

Música em bemol
Festa da música
Raio de sol
De vista acústica
Beleza de flor de girassol,
Flor de justiça
Canto de rouxinol
Encerrando mística
Raio de sol
Fonte artística
Instigando luta em prol,
Luta sem retórica.
Mente guiada por farol
Liberdade estilística
Sem qualquer atol,
De raiz postiça
Chama fumegante de crisol
Balanço de ética
Raio de sol
Sem sombras de hermética
Raio de sol,
Apelo à estética 

Daniel Costa

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

POEMA ANJO DE ETERNA LUZ



ANJO DE ETERNA LUZ  


Eterna beleza de cruz,
Cruz de pôr ao peito
Anjo de eterna luz
Amor sem preconceito
Busto que me seduz
Parecendo Divino, perfeito,
Por este mundo me conduz
Formalmente rarefeito
Anjo da eterna luz
Como se fora perfeito
Encanta e seduz
Apresenta certo trejeito
De infinito alcatruz
Sempre benigno, de êxito
Anjo de eterna luz
De imenso amor implícito
Eternamente reluz,
Eternamente neófito
Eternamente conduz
Eternamente benemérito,
Anjo de eterna luz


Daniel Costa

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

POEMA A GREGA SAFO



A GREGA SAFO

Num íntimo desabafo
Protesto de mestria
A grega Safo
Poesia, a sua idolatria
Primeira poetisa com sarrafo
Da ocidental aristocracia
De Pitaco mitógrafo
Por ele não tinha dioptria
Do século XVI a. C. – Agrafo
Escrevendo fina e lírica poesia
Não convinha o autógrafo
Que na política era academia
A grega Safo,
Que para Pirro deportaria
Em virtude de afrontar o moafo,
Afrontar o ditador, era heresia
Temia que lhe desse o bafo
Safo mencionar, é da história
Gravada em fitógrafo
Da célebre musa; memória
A grega Safo
Amou discípulas, é da sua biografia
A grega Safo! 

Daniel Costa

terça-feira, 11 de novembro de 2014

POEMA ANJO DE CAUSAS

 
ANJO DE CAUSAS   

Sem sentir náuseas
Do anjo das trevas
Anjo de causas
De amor cognitivas
Interferência de deusas
Menos restritivas
Talvez menos difusas
Por mais presuntivas
Menos ares de musas
Mais afirmativas
Por demais medusas
Bastante objetivas
Anjo de causas
Deusas percetivas
Nada confusas
Mundos de alternativas
Citaras para semifusas
Sem evasivas,
Nem exclusas
Dando poder de alternativas
Ao anjo de causas,
Causas determinativas
Anjo de causas! 

Daniel Costa

sábado, 8 de novembro de 2014

POEMA SILÊNCIO PARA VENCER



SILÊNCIO PARA VENCER  


Nada a perder
A nossa luta silenciar
Silêncio para vencer
Devo reverenciar,
A luta só connosco tecer
O outro nunca maltratar
No silêncio, o convencer,
Que o mundo é de prezar,
Sempre o havemos de refazer
Nos unindo num patamar
A presença do nosso ser
Para a vitória alcançar
Silêncio para vencer
Todo o mundo amar,
Ao mundo muito querer
As vicissitudes tornear
Teia de virtudes, um dever
Para a paz sempre alcançar
Espírito de bem, um prazer
Dito sem me alongar
Silêncio para vencer,
Vencer pelo bem, é de advogar
Silêncio para vencer!


Daniel Costa
 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

POEMA A ESPERA E O DESEJO



A ESPERA E O DESEJO

O luar será o ensejo
Olhar a lua e o seu brilho
A espera e o desejo
Pensamento de pecadilho
A imaginar um promiscuo beijo
Lascivo rastilho
Com os deuses me protejo
O luar é o meu estribilho
Grande amor; almejo
Brilhante sem sarilho,
A espera e o desejo
Percorro em certo trilho
Tentado abraçar o luar que vejo
Num eterno trocadilho
Para que o luar, que invejo,
Jamais o veja como espartilho,
Para amar a lua, não pestanejo
Não deixo o luar, meter sarilho
Amo de antemão, até no Brejo
De luar, o amor polvilho
A espera e o desejo,
Ternamente; como pirralho,
A espera e o desejo!

Daniel Costa