sexta-feira, 31 de outubro de 2014

POEMA PRECES PARA CHOVER


Em 1869 não choveu mas, prece em procissão, na Bufarda passou ao Cruzeiro.

PRECES PARA CHOVER 

Quem poderia demover?
A atmosfera que se sentia
Preces; para chover
Água de chuva não se via
Nada podia valer
Só Deus e a eucaristia
Poderiam os astros comover
 Mil nove e quarenta e nove, na freguesia
Preces; para chover
Nelas se pensou um dia
Para que houvesse pão para cozer
No forno - Que a dispensa não ficasse vazia!
Nada estava a se mover,
Já elevada e sentida angústia,
Que a seca fazia prever
Por cada orago o prior geria,
A prece, em procissão, ia promover
Deu nada, nem uma nuvem de água se mexia
As preces houve que rever!
Tudo que era verde morria
Preces; para chover!
No entanto chuva não houve, nem haveria,
Preces; para chover
Avé Maria!

Daniel Costa
 

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