sexta-feira, 31 de outubro de 2014

POEMA PRECES PARA CHOVER


Em 1869 não choveu mas, prece em procissão, na Bufarda passou ao Cruzeiro.

PRECES PARA CHOVER 

Quem poderia demover?
A atmosfera que se sentia
Preces; para chover
Água de chuva não se via
Nada podia valer
Só Deus e a eucaristia
Poderiam os astros comover
 Mil nove e quarenta e nove, na freguesia
Preces; para chover
Nelas se pensou um dia
Para que houvesse pão para cozer
No forno - Que a dispensa não ficasse vazia!
Nada estava a se mover,
Já elevada e sentida angústia,
Que a seca fazia prever
Por cada orago o prior geria,
A prece, em procissão, ia promover
Deu nada, nem uma nuvem de água se mexia
As preces houve que rever!
Tudo que era verde morria
Preces; para chover!
No entanto chuva não houve, nem haveria,
Preces; para chover
Avé Maria!

Daniel Costa
 

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

POEMA DAGARREÓTIPO



DAGUERRIÓTIPO 

Serei saudosista? Reflito!
Porquê saudosista?
Daguerreótipo
Apareceu na crista,
No século dezanove novo veredicto
Era mais um evento na lista,
O princípio da fotografia; fica dito!
 Louis Daguerre porfiou para que ela exista,
A princípio a parecer esquisito
Chapa metálica a imagem recebia
A revelação parecia um longo espírito
Posto à soberana revelia
Porém, o seu criador achou o subtipo,
Lutou e a conseguir viria,
Mais adequado protótipo,
Atualmente, quem diria?
Se ouvir a palavra daguerriótipo,
Sabia que ouviu falar de fotografia? 

Daniel Costa

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

POEMA BATIDA DO CORAÇÃO



BATIDA DO CORAÇÃO  

Parecerá decoração,
Decoração parecerá
Batida de coração
O amor que se nos dá
Sofrimento de devoção
O sol passe para o lado de lá
Lento, com luz de ilusão
O astro que se vá,
Deixando bela sensação,
Foi o reluzente deus Rá
De certa civilização
Que acabou e já não há
Porém o sol ficou, como oração
 Sempre esteva cá
Como perfeita obra da criação
Brindando como que a dizer olá
Tendo o condão
De mostrar a todos o que será
Roda a terra, sem distinção
Todo o mundo o merecerá
Ainda que muitos não tenham pão
Roda como maná
Batida do coração,
Decoração parecerá
Nem todos o enxergar; saberão
Tem gente não entenderá!

Daniel Costa

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

POEMA BEM - VINDO


 
BEM - VINDO

Desejando e querendo
Você dizendo baixinho
Bem – vindo!
Sempre devagarinho
Falando e me comprazendo
Com emoção e beicinho
As ilações vou revendo,
Em você, meu caminho!
Encantado e tecendo
Esse seu jeitinho,
Como ave as asas movendo,
Já fora do seu ninho,
Bem – vindo!
Vem amorzinho!
Vem! Eu te compreendo,
Pelo cansaço do caminho
Descanso, estás querendo!
Te sirvo um cafezinho
Depois te sentirás estupendo,
Em altivez, como remoinho,
Eu te comprazendo,
De mansinho!
Bem - vindo
A hospitalidade; terás como o bom vinho!
Acenando: bem – vindo!

Daniel Costa
 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

POEMA FESTIVAL DE ANIVERSÁRIO


 
FESTIVAL DE ANIVERSÁRIO  

Nacarado de corsário
Sonho de festival,
Festival de aniversário!
Sonho da era medieval,
Sonho de visionário,
Parecendo vendaval,
 Amor destinatário!
Ideia ocasional
Sonho de poeta lendário
Humilde, vertical,
À amada doirar o rosário!
Animação ultra nacional,
A constituir um fadário,
Tudo a parecer real,
À quele anjo comunitário
Parecendo sobrenatural,
De valor extraordinário
De valor, excecional,
Ainda que de prazer diário,
Eternamente, ocasional,
A parecer obrigação de glossário,
Os amores que o digam, afinal,
Consultem o dicionário
Ele e ela vivem unidos num ideal
Festival de aniversário
A merecer o real!
Festival de aniversário,
Ideal de ternura natural! 

Daniel Costa

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

POEMA COR DA DELICADEZA



COR DA DELICADEZA

Olhemos a framboesa,
Fruto dessa cor,
Cor da delicadeza
Alegre como o amor,
Do amor singeleza,
De galanteador,
De singela pureza,
Encantos de flor,
A terna certeza,
De feliz embaixador
Cor da pureza,
Canto sedutor,
Requintes de leveza
De apreço merecedor
Da divinal alteza,
Do adivinhável esplendor,
Afável subtileza
O grande vetor,
Toque de rareza,
Personificando rigor
Cor da delicadeza,
Alicerces de ardor
Cor da delicadeza!

Daniel Costa
 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

POEMA CONCEITOS DE PUREZA



CONCEITOS DE PUREZA   

Miremos a nobreza,
Com justiça e rigor
Conceitos de pureza
Até com intenso amor
O que nunca exige riqueza,
Porém, transparência de valor
Intenso brilho e clareza
Ambiente brilhante, difusor
A conduzir à leveza
Obra de escultor,
De escultor de fina grandeza
Para sempre vista por cultor,
Observada com clareza,
Formando esplendor:
- Conceitos de pureza,
Beleza, ténue transparente cor,
Efeitos de gentileza!
Que o coração ama com louvor,
Simplicidade e fortaleza
Firmeza e honor!
Conceitos de pureza!
Porque não de amor?

Daniel Costa

sábado, 11 de outubro de 2014

POEMA FANTASIAS E TENTAÇÕES



FANTASIAS E TENTAÇÕES 

Não se vive de ilusões,
Nem de fingir amnésias
Fantasias e tentações!
Olhemos as maresias,
Suas regulares rebentações,
Sem predominância de ânsias
Pérolas em gestações
Luares como poesias
Fantasias e tentações!
Onde predominam teimosias,
Assaz precipitações
Alfobre de ironias!
De transmutações,
Em vista das falésias,
O mar executa as suas rotações
 Calmo, tranquilo, sem heresias
Pérolas de lições,
Olhemos as suas cortesias
Sem variações
Nos deixemos de fobias,
De fantasias e tentações!
Vivamos sem asfixias! 

Daniel Costa

terça-feira, 7 de outubro de 2014

POEMA CHUVA NO NORDESTE


 
CHUVA NO NORDESTE 

 Senti temporais no oeste
Fúria de elementos!
Chuva no Nordeste
Sempre os epicentros!
Chuva no agreste
Preconizará adventos?
Bafejo celeste,
Determinaram os ventos
Os ventos do leste
Se observam belos momentos
A dar poemas, de teste,
Talvez se misturem com lamentos
A graça nem sempre investe
Haverá quem sofra tormentos
Chuva no Nordeste
Variados fragmentos
Recriando um faroeste
Menos inumano, em movimentos,
Em sentido pedestre!
Outros provimentos
Chuva no Nordeste
Hoje também de bons momentos!
Chuva no Nordeste,
De poesia de criam intentos!

Daniel Costa
 

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

POEMA FLOR DE BRANCURA





FLOR DE BRANCURA

No reino da alvura
Um anjo tocava bandolim
Flor de brancura,
Muitas flores de jasmim
Em arbusto de verdura,
Verde cobreado, era assim!
Silhueta de mulher madura,
De ternura, de bom fim,
Flor de brancura,
Loucura para mim!
Bonitas mãos de textura,
Atributos sem fim!
Atração de loucura
Anjo benjamim,
Apontado; frescura,
De dia, de noite farolim!
Lua cheia, lisura
Zunir de zeppelin
Flor de brancura,
Flor de arbusto de Jasmim! 

Daniel Costa