quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

POEMA PROFIÇÃO? SEM MEDO!


 
PROFISSÃO? SEM MEDO!

Jamais o poeta ficou quedo
Para o profeta perigo é profissão,
Profissão: sem medo
Aceder a graciosa permissão
Enfrentar o perigo, o degredo
Disponibilidade de cumprir missão
Mesmo frente a torpedo
 Prognosticando paz e união
Não cego, porém ledo
Afoiteza de expressão
Afrontando gestos de praguedo
Julgado submissão
Ainda que, contra rochedo,
Fortalecido, à prova de colisão
Positivismo de segredo,
Força de querer e poder, como Sansão,
Desmoronando castelos, a parecer folguedo
Estabelecendo jeito de confusão
Afastando provocação… Ai credo!
Estranha sensação,
Profissão: sem medo,
Painel figurativo de impressão
Oh!... Mundo de enredo! 

Daniel Costa

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

POEMA CONFIANDO E DESCONFIANDO



CONFIANDO E DESCONFIANDO 

Sempre matutando
Procurando o rigor,
Confiando e desconfiando
Eterno amador
Garantias oscilando
Há sempre o risco vetor
O risco evitar, tentando
Mundo enganador
Sob formas de contrabando
De enganos; servidor
O pensamento variando
A confiar sonhador
Desconfiar visualizando
Fracasso de mau sabor
Desgostoso desmando
Se pode ensaiar ao redor
Que fazer? Recapitulando!
Da clarividência, ser censor
Evidências, perscrutando
Torrente de conquistador
Confiando e desconfiando! 

Daniel Costa

 

domingo, 28 de dezembro de 2014

POEMA CARICATURA




CARICATURA 

Teve início na iluminura
Diria religiosa definição
Caricatura
Humor de ocasião
De antemão, abreviatura
Tez de devoção
Da informação miniatura
Entendível de articulação,
Manifestação de candura
Da notícia composição
De rápida difusão, avocatura
Nota de edição
De peça de notícia, à altura
De rápida conclusão
Reconhecimento de postura,
 À disposição
Efeitos de bordadura,
De introdução,
Imagem de envergadura
A realçar a aparição
Merecer jeito de finura
Alvo de atenção
A caricatura
Será sempre pregão
Caricatura!
 
Daniel Costa

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

POEMA O DESPERTAR



 
O DESPERTAR 


Devemos saber protestar
Não imaginar torres de Babel
O despertar
Convidativo a usar cinzel
Energias a libertar
Sem recorrer ao decibel,
Devemos gritar
Sem deixar de ser fiel
Sobre tudo, devemos dissertar
Firmes como corcel
Em corrida a abrilhantar
A nossa intervenção de painel
O mundo a despertar
Alegria universal em carrossel
 Lhanezas; havemos de conquistar
Olhemos o Universo como se fosse capitel
Nada; deixemos de aceitar
Tudo seja como mel,
Tudo, tudo - Esmaltar,
Como noivado de doirado anel
Que os deuses venham agigantar
Fazendo de tudo Nobel
Em uníssono a despertar!
… O despertar!


  1. Daniel Costa

sábado, 20 de dezembro de 2014

POEMA AS GLORIOSAS LINHAGENS


AS GLORIOSAS LINHAGENS

Foram da nobreza vantagens
Nasceram os decantados feudos
As gloriosas linhagens
Dos punhos forrados de veludos
Ficaram abencerrages
Quiçá de bigodes farfalhudos
Ou apenas legendagens
De cinemas mudos
 De poetas, clivagens
Sonhos de certos, de miúdos
Estetas de linguagens
Base de interessantes testudos
Mais se afiguram lapidagens
Temos os Ferreiros, façanhudos
Duas gerações; apenas aragens
Os Pereira da Costa, tartamudos
Os Foz, de baixas marinhagens
Se poderiam considerar de peitudos
Vilões com ricas acostagens
Adquiriram terras como graúdos
À vista de mares menagens
Os Foz; ficaram para sempre sortudos
Dos seus nomes ficaram as imagens
Esqueceram de anotar, para se ver os canudos
Foz, nas arribas, estância de Verão, laminagens
A onomástica, para estudos
As gloriosas linhagens
Apesar dos Cordeiro, sisudos!

Daniel Costa

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

POEMA MINHAS DORES, MINHA ALMOFADA


 
MINHAS DORES, MINHA ALMOFADA 

Por um poeta, fui cotejada
Os deuses assim quiseram
Minhas dores, minha almofada
Aconteceu, como promoveram
Bafejo de aurora, de alvorada
Anjos e arcanjos favoreceram
Que detivesse o poder de amada
O desejo e o amor me enriqueceram
 Amor de textura amendoada
Presente o que amados construíram
A dor, ao sentir, ficou atordoada
As dores do amor; se lamentaram
Minhas dores, minha almofada
Elas, as dores, me atormentaram
Persistentes, procuraram morada
Com o meu amor, nada puderam
Minhas dores, minha almofada! 

Daniel Costa

domingo, 14 de dezembro de 2014

POEMA ANJO DA ADOLESCÊNCIA


 
ANJO DA ADOLESCÊNCIA 

Mundo de vivência
Segunda encarnação
Anjo da adolescência
 Moderna motivação
Bula de indulgência
Angélica ordenação
Vida em potência
Verdade e determinação
Retomando consciência
Novo século, divinação
Veneranda aderência
Vida de reencarnação
Pensamento em potência
Humana acumulação
Sendo a vida eloquência
Fogosa motivação
Sempre a transparência
A motivar ovação
Motivando larga vigência
Rara pureza de satisfação
Anjo da adolescência
Mundo de fecunda emoção!

Daniel Costa

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

POEMA VIDA DE OPERETA



        VIDA DE OPERETTA
Depois do desejo a caneta
O positivismo a vogar,
Vida de operetta
Para a tranquilidade alcançar
Antes do livro a regreta
Depois do alto mar
Jeito de linha reta,
O sonho a epilogar
Dedicado à pandeireta
Para o concerto advogar
Vida de operetta
Abnegadamente, a formigar
Afim; de alcançar a musiqueta
Desejando alguém a me afagar
Neste mundo de cançoneta
Do amor comungar,
Do amor do mundo, paleta,
Com música a serenar
Deveria sempre ser meta,
Prioritária a alcançar,
Vida de operetta!

Daniel Costa

  

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

POEMA ANJO DO INFINITO


 
ANJO DO INFINITO 

Do poeta veredicto,
Mentor de lealdade
Anjo do infinito,
Desejo de verdade,
Mesmo sabendo do finito,
A soar a humildade
Em tempos introito,
Sem revelar idade
 Parecendo, mesmo, infinito,
No meu país, na minha cidade
Como se fora filho primogénito
Da minha mocidade,
Arreigado no espírito,
Pura habilidade
Espírito indómito
A induzir sagacidade
Ficando o anjo adstrito,
A certa área de apostolicidade
 Ficando, guardião de direito
Com o seu valor em misticidade
Anjo do infinito!

Daniel Costa
 

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

POEMA O ANJO, O AMOR E O AQUÁRIO


 
O ANJO, O AMOR E O AQUÁRIO

Imagino um santuário
Descrito com ardor,
O anjo, o amor e o aquário
Tudo isto a ser inebriador
Tudo isto é lapidário
De ternura; incentivador
Talvez o possa ter como lendário
De intenso e fecundo fervor,
O anjo, o amor e o aquário
O anjo aquietador
O amor multipartidário
O aquário, suave animador
Carácter de legionário,
De excelso anjo promissor
O anjo, o amor e o aquário
Um mundo glorificador,
Fecundo, nobiliário
 Audaz e arrebatador,
Na luta, por um amor paritário
Eternamente, de esplendor
Como a ternura dos peixes num aquário
Coisa simples, moderador
O anjo, o amor e o aquário!

 Daniel Costa