terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

POEMA CONFESSIONÁRIO


CONFESSIONÁRIO

Assim que veio a escola
Foi como se nascesse
Peguei na sacola
E o mundo corresse
Perguntado o que queria vir a ser
Pensando cogitei bem
Queria ver o mundo correr
De automóveis apenas dois detentores havia
O médico e o prior
Na minha freguesia
Como corolário seria padre, pregador e confessor
Ser médico não queria
Antes confessar damas
Ouvi-las no confessionário
Ouvir os seus dramas
Sabia ter de saber calar
Porém podia ficar a saber como seriam as tramas
Da parte agreste deste mundo
Cheio de dramas e melodramas
Confesso ser pregador, eu ensaiei
Mas depressa de ser padre
De pensar deixei
Algo nunca esqueci do que aprendi
Jamais esquecerei
Ser bom ouvinte, ser leal
Delator jamais, serei
Saber guardar tudo o que ouvia
Enfim, me confessei
Naturalmente, estive no confessionário
Confessei algo da minha real verdade
Foi uma realidade, da verdade o corolário

Daniel Costa

2 comentários:

  1. Bonito poema.

    Saber ouvir é um dom supremo.

    Bjos.

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  2. Ouvir e saber guardar é uma qualidade digna de aplausos. O respeito pelo que é confessado é indispensável à manutenção da harmonia entre as pessoas.

    Bjs.

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