quarta-feira, 17 de outubro de 2012

PREFÁCIO

 
PREFÁCIO

      O livro SONHO,EMOÇÃO E POESIA do poeta e escritor Daniel Costa que me foi entregue a fim de fazer o prefácio é,na certa verdade uma valiosa contribuição do BRASIL,um país  dos mais caros  de coração que muito  agradece a PORTUGAL.As ligações que une esses dois paises são tão expressivos que até os escritores se atraem pela forma do progresso nas escritas.
       Falar do escritor e poeta Daniel,esse autor que tenho a honra de prefaciar,é,indiscutível ,pelo valor e dedicação que ele tem,onde transcende de aspecto poético o tudo que narra uma riqueza de detalhes que nós leitores,nos sentimos dentro das suas narrativas;através de um estilo leve e agradável ,de uma beleza literária,que liberta  e se moderniza em cada livro que escreve,sempre se atualizando nas escritas.
           Brinda-nos Daniel com SONHO,EMOÇÃO E POESIA.Eis um livro poético de um trabalho paciente e meticuloso,que serve de fonte para os que desejam se aprofundar no amor.Utilizando os processos da transfiguração poética,descrevendo através dos seus poemas numa atmosfera,que faz corpo em cada poema.O autor possue faculdades de observador em contornos a tipos humanos.E num conjunto de poemas que forma esse livro,estão em ponto concentrado fatos pitorescos dos personagens nominais do qual descreve com maestria .
          Trata-se na verdade,de uma obra escrita em boa linguagem e dentro dos moldes dos poemas,com gestos de amor e de convivência respeitosa e ajustosa dos amigos.O livro é de mestre e não de aprendiz.Daniel Costa é um escritor versado,inspirado e apaixonado pelos temas e valores descrito ,onde procura transportar para os poemas o seu sentimento sobre as obras imaginárias,vividas ou  contadas,expressando-se numa linguagem própria,óbvia e objetiva evidenciada no poetar,retratando de forma brilhante ,agradável que encanta e prende a atenção de todo leitor.O autor conclui a sua esmerada poesia,realizando mais uma obra de sua missão ,que é reconhecer a si mesmo.Parabéns Daniel Costa que revela -se em amor com tranquilidade e paz.
                                                             Severa Cabral 
                                                                  escritora 

domingo, 12 de agosto de 2012

POEMA A VIAGEM




A VIAGEM
Sempre precisamos ter coragem
Para enfrentar a vida
Para senti-la como uma viagem
Mais ou menos em tela sofrida
Esta é uma ténue imagem
Do que Evanir Garcia, um dia
Escreveu com elevada vantagem
Sem laivos de fantasia
Num acto misto de amor e coragem
Ao ler, a lágrima do canto dum olho me corria
A VIAGEM
A marcar uma vida, um sonho que o tempo esvaia
Dos tempos, uma voragem
Sofrimento intenso de bastante tempo, não de um dia
A viagem, saiu mensagem
O tempo corria, um novo Judas, tudo vendia
A VIAGEM
Essa panaceia, esse polvo que a envolvia
Sem fazer rodagem
Se pode deduzir do que escreveu Evanir Garcia
Ao sitio se atreveu a também levar ventos de derrapagem
Meu Deus!... E o pobre Alceu, onde estaria?
A aurora libertária, chegou em boa hora a trazer vantagem
Sob o nome de Diego, notar se faria
Estava a acontecer uma estimulante viragem
Uma beleza de estação atingiria
A VIAGEM
A Vantagem da capacidade se sofrimento seguiria
A VIAGEM
Lição de querer de Evanir Garcia
A VIAGEM!....
Daniel Costa

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

POEMA SONHO AMOR PAIXÃO


SONHO AMOR PAIXÃO

A vida é comandada pela ilusão
Deve ser simples para ser sentida
Com o fogo da emocional paixão
Jamais o amor pode deixar de estar presente
Sem se dar ares de sofreguidão
Antes, imperar no sentir
Nada sairá certo sem esse elo de união
Como é bela a trilogia
Sonho, amor e paixão
Paixão em tudo o que projectamos
O sonho na rectidão
Sempre o amor a mente sente
Ele é a mola real que motiva a exactidão
Mostrar obra digna com esmero
Sonho, amor e paixão
Que estejam presentes, façam sobressair
Que mostremos ardor ao amor de então
Lutemos por um mundo melhor
Nem sempre seremos compreendidos
Porém seremos observados em redor
A paixão nos trará amores enternecidos
O sonho conduzirá
A que sejam definidos e sentidos
Nunca será pura ilusão
Lutar dando o melhor, mentalmente, guiados
Por sonho, amor e paixão

Daniel  Costa

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

POEMA ANÁTEMA


POEMA ANÁTEMA

Parto a escrever um poema
Bastantes ideias me passam pela mente
Seleccionei anátema como tema
Nunca imagino facilidades, nada me desmente
Anátema, pois, não tem olor de alfazema
Porém a vida ainda que de luta insana
Será metafísica ou física?
O anátema será de ordem desumana
Quando apenas se procura dar asas à mente
Se é perspicaz, realiza e faz
De imediato o anátema se sente
A explicação pode ser esta
O mundo apenas deseja baixos alinhamentos
Não deseja sonhos
De quem possa imaginar um mundo de inventos
Deita mão do anátema, convenção
Para amesquinhar a humanidade com tormentos
O anátema será para quem tiver forte coração
Tonificante e estimulante em todos os momentos
Podendo ser sentido como um estímulo
Para realizar e amar, dar asas a talentos
O mundo, como devia ser o de todas as religiões
Seria o de estimular
Humanos talentos e vocações
Para que nunca se viva de anátemas
Jamais se vivam amargas ilusões
O mundo clama, medita e necessita
Do progresso de humana bondade
Que acabe a cobardia!... É nisso que medita e acredita
Com perseverança lutemos
Para que acabem anátemas um dia

Daniel Costa

sábado, 28 de julho de 2012

POEMA SELMA




POEMA SELMA

Serei muito brasileirão
Do Brasil, de Criciúma, recebi convite para um chá
Tenho no teclado, o meu foguetão
Fui e ainda deu para dar um saltinho
À vizinha cidade de Santa Catarina com emoção
Emoção foi estar com Maria Selma
A conversar com uma mulher de sedução
Mulher bonita como uma flor
Bonita a parecer florido o seu coração
Selma confessa-se mística e espiritualista
Não deixa de ter a sua razão
Mulher ecuménica, cuja qualidade é presente
Adora também todo o mundo então
Tudo isto, mais o misticismo
Que parece querer esconder com no seu blusão
Com a sua figura elegante
A sua graça e garridice fazem um vistão
Maria Selma, recebe bem poetas e escritores
Convida-os a um chá e premeia-os, não é uma ilusão
Não será gulodice, mas aprecia conhecer
Conhecer receitas de doces, para os ter à mão
E com eles presentear os seus convidados
Com muita convicção
E também tem prémios
Para as boas confeccionadoras
A Selma mostra assim
A sensibilidade de que é senhora
Foi um prazer, Maria Selma
És a todos os títulos, sedutora

Daniel Costa

quarta-feira, 25 de julho de 2012

POEMA SUBLIMAÇÃO

 
SUBLIMAÇÃO

Um bonito luar de Verão
À beira mar com o cheiro da maresia
Será comparável à sublimação
O mundo tem obras onde ela existe
O homem deve persegui-la com animação
É um dever, andar sempre em procura
De torná-lo belo com conceitos de união
Numa luta permanente e tenaz
Tentar sempre lutar pela sublimação
Partindo de um símbolo de amor
Pensarmos que só dispomos de uma geração
Lutemos insistentemente com ardor
Vivendo e amando
Construindo tudo com amor
Ao abrigo da insensatez
Procurar a mola real com pundonor
Que a nossa conduta marque a sensatez
Para que o mundo da nossa geração
Deixe para a seguinte
Exemplos de conduta em comunhão
Que não se entregue mais à desordem social
Não prossiga promovendo essa sensação
O mundo necessita, é de amor
De amor e união
Deixemos o exemplo
Procuremos a sublimação
Que os vindouros
Sonhem com um mundo de amor e paixão
Com e por todos os meios
Procurem sempre a sublimação

Daniel Costa


segunda-feira, 23 de julho de 2012

POEMA FORÇA DO QUERER


A FORÇA DO QUERER

“A terra onde fores ter
Faz como vires fazer”
O aforismo tem razão
Tem razão de ser, como o poeta pode dizer
Conheço quem no campo trabalhou
Com sapatos cor da pele e muito fazer
Da cor da pele até dezassete anos
Novos… sapatos veio adquiriu por muito querer
Sem um queixume ou azedume
Sempre o sonho, a curiosidade o querer saber
O movimentaram
Tempo anos, em vários ramos trabalhou
O que os seus sonhos, sentidos, um dia o fascinaram
A partir da terra nos pés, a escritor chegou
Querer, curiosidade e sonho resultaram
Certa dose de ingénua loucura avançou
Tornar fácil e agradável encarar a vida
Ter pensamentos positivos e suaves
Será procurar mares mansos
Onde se mantenham as nossas naves
Ventos, suaves para se poder alcançar novas galáxias
Outras galáxias sem entraves
Dizer um dia… ao fadário do berço pude fugir
Fui além de todas as previsões
Saltei muitas barreiras sem sentir
Valeu a curiosidade, o sonho
A força do querer, a fé no porvir

Daniel costa

quinta-feira, 19 de julho de 2012

POEMA A MISSÃO DO HOMEM


A MISSÃO DO HOMEM

Contribuir para um feliz mundo
Terá sido desígnio de Deus
De paixão de amor fecundo
O homem terá essa obrigação
De semear à sua volta felicidade
O modo de deixar como exemplo
O amor, a paixão da simplicidade
Para que a todo o tempo
Acabe a soez maldade
Construindo um mundo de exemplo
De amor, paixão universal e afabilidade
Onde se ame sem pecado
Sorridente em qualquer idade
Se possa estar num Éden de gloriosa paixão
Deus deu ao homem essa faculdade
Amemos o mundo, para isso fomos designados então
Nunca esquecer
Podemos também amar de paixão
Jamais perder
A felicidade, o amor de união
Procurar viver de e para a verdade
Será a nossa missão
Contribuir com a nossa pequenez
Para que o mundo seja infinitamente bonito
Abominemos laivos de mesquinhez
Abominemos tudo no mundo
Que nos pareça insensatez
Tentativas de amesquinhar
A eterna felicidade de vez
Sejamos guardiões
Para que o amor e a felicidade seja perene
Sejam esses os nossos guiões
O homem tem por missão
Ser guia de felicidade
De felicidade e amor de paixão, quiçá de união

Daniel Costa

domingo, 15 de julho de 2012

POEMA ESFINGE

         

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POEMA ESFINGE

Embarquei no comboio da fantasia
Como se procurasse algo esfíngico
A verdadeira esfinge me surgiu um dia
Esfinge que a antiga mitologia adoptou
Na Mesopotâmia e no Egipto
Que esse mundo antigo guardou
O mistério solucionou Édipo
E a Esfinge, lançando-se num abismo se suicidou
Talvez uma lenda, de civilizações antigas
Que a cultura do mundo guardou
Como a de Olisipo, a Lisboa de hoje
Depois da saga de Tróia, num reino desconhecido entrou
Ulisses aportou ao Taghi, o já lindo Tejo de hoje
Um reino que uma mulher linda governou
Uma mulher metade serpente assessorada por cobras
Muitos pretendentes sufocar mandou
Ao chegar o esbelto Ulisses
Por ele deveras de apaixonou
Prometeu, em sua honra, fundar a cidade mais bonita do mundo
A Ulisseia decretou!...
Este sabendo das muitas tramas
Prometeu paixão, porém, com os seus homens descansou e zarpou
A rainha estava mesmo apaixonada foi atrás
Jamais o apanhou, desesperada, com seus braços sete colinas formou
Depois a Ulisseia, passando por Olisipo
Vários nomes, consoante as civilizações, por quem a governou
Já não foram lendas
A Lisboa de hoje, à fé de quem sou
Mas as mulheres esfíngicas
Continuam a existir, tentado adivinha-las, eu vou
Depois de mostrar esta linda Lisboa
Alguma haverá eu levarei ao fado, quem em mim confiou
Numa das colinas, decifrar confesso a Deus
Direi depois, de ouvir o sentimental fado, que a cidade edificou
Que persistam as bonitas lendas
Direi… o paganismo acabou!...

Daniel Costa

quinta-feira, 12 de julho de 2012

POEMA MARIA RODRIGUES

                   


                           

MARIA RODRIGUES

“Esta Lisboa bendita
Feita cristã para viver
Ela é a menina bonita
De que tem olhos para ver”

A quadra tem razão de ser
Da letra da marcha dos anos cinquenta
Tudo tem para a engrandecer
Viver em Lisboa é como viver num paraíso
O poeta pode isolar-se mais para escrever
Pode estar-se no meio de uma multidão
Como um homem só
Se reflecte e toma atenção
De repente observa a mulher bonita
Exteriormente, pensar no seu íntimo o coração
Deuses… É como se visse uma flor
A desabrochar em calor humano, então!...
Foi assim que vi e observei
A mulher com grande poder de investigação
Maria Rodrigues uma mulher de intenso pudor
Metódica no seu labor de humana rectidão
Temos pois Maria Rodrigues um amor
Sobretudo para os seus
Que pensa no semelhante, com o seu labor
Oferecendo-lhes, como que em bandeja
Fotos e pensamentos de belo sabor
Denota um viver de harmonia
É como um diamante lapidado de valor
Por Lisboa vagueia Maria Rodrigues
Como mais uma flor
Do jardim que é a capital de Portugal
Maria Rodrigues empresta perfume e olor
Em fragrância muito real

Daniel Costa

domingo, 8 de julho de 2012

POEMA UTUPIA

 

                                             

POEMA UTOPIA

Sempre se amou algum dia
O amor dantes seria mais eterno
Com a globalização, por vezes acarreta utopia
Utopia pode ser sonho de ideal
Ideal que quando não se consuma, não tem via
Porém, amar enobrece a alma
É sonho que, pode não ser eterno, mas evita-lhe a melancolia
Pode haver imensas formas de sonhar
Não é sonho, pode ser erro, será utopia
A travar a precisa realização
Da obra dependente de várias opiniões
Quando alguém apresenta boas ideias de concretização.
Passo a outro plano que se proclamou de utópico
Utópico durante séculos
Foi o mítico grego Pégaso
Que no seu cavalo alado sonhou voar sem meios técnicos
Gerado no sangue de Medusa
Sonhou ser eterno
Da mitologia, de certo modo, confusa
Mais modernamente
Tivemos a Passarola de Bartolomeu de Gusmão, de alma Lusa
A breve subida deu-se, mas o sonho desfez-se, não para sempre
Deu lugar ao balão
O sonho estava a deixar de ser utopia
Veio também o hidroavião
Alguns amararam no rio Tejo, em Lisboa
Hoje temos o moderno avião
Desde sempre o homem sonhou ter voar como um pássaro
O sonho, que foi utopia realizou-se, veio o foguetão
Já no século passado, nem mais
O amor continua e perdura, até à loucura
E o homem voa em bando…. Em bando, como os pardais

Daniel Costa


quarta-feira, 4 de julho de 2012

POEMA ANJO DE LUZ


ANJO DE LUZ

Não me olhes desse jeito
Tu que sabes do meu grau de loucura
O que passa no meu peito
Que adivinhas o que grassa no meu coração
Olha-me direito, Anjo de Luz
Sabes que a vida, para mim, é emoção
O meu credo, o meu ai Jesus
Cuida de mim
Cuida de mim, Anjo de Luz
Para que a minha dose de loucura
Seja amor de verdade
Amor de ternura
A que todo o mundo clama
Seja ténue a agrura
Ilumina com a tua brilhante chama
Faz com que acabe a negrura
Torna-a na versão - ama
Todos se amem com essa dose de loucura
Que se passe pela vida a amar
Se ame com rectidão e emoção
Para que possamos sonhar
Meu Anjo de Luz
Que brilhe sempre o próprio luar
Nunca se apague a chama
Se navegue em tranquilo mar
Um apelo que seduz
Amor reluzente
Anjo de Luz

Daniel Costa

sábado, 30 de junho de 2012

POEMA SONHO DELIRANTE

    

SONHO DELIRANTE

Sonhos deslumbrantes
É algo que amiúde me acontece
São reluzentes como diamantes
Certa noite sonhei, parecia ver passar um filme
Passavam anjos brilhantes
Seguidos de vestais
Depois mulheres belas
Bonitas como italianas, nada mais
O filme avançava, parecia em várias telas
Cenas de fino humor e pudor
Apareciam nelas
Encantado deveras
Com as cenas singelas
Como se vivesse quimeras
É muito meu
O mundo visto nessas esferas
Os meus sonhos onde não conto pesadelos
Sempre têm origem no que me aconteceu noutras eras
Apenas dos bons lances, os menos bons
Fora de quimeras
Nunca entram
Nunca são parte dos meus sonhos deslumbrantes
Acordei, os meus pensamentos se concentraram
Voltei a adormecer o filme voltou ao sonho
Em tecnicolor, coisa boa
Afinal as figuras já em epílogo
Eram bonitas mulheres a abraçar Lisboa

Daniel Costa

terça-feira, 26 de junho de 2012

MADRUGADAS DE LISBOA


MADRUGADAS
DE LISBOA

A vida para ser aventura
É autêntico e íntimo segredo
Segredo e aventura, que perdura
Anos sessenta
Do campo não ficou saudade
Em Lisboa desembarquei
Iniciava a fazer parte da cidade
Aventura com que sempre sonhei
Nas Portas de Santo Antão comecei
Como aprendiz então
Vais à Avenida da Liberdade:
Ordenou o patrão!...
Liberdade, queria,
Onde ficava a Avenida, não sabia
Depressa disse:
Absorveste rápido o que ensinei
Aprendeste, é assim a vida!
Ficas com a chave
Vais trabalhar na “Ginjinha Avenida”
Junto ao Parque Mayer
Mesmo edifício do “Café Lisboa”
Folgas, na semana, um dia
O mesmo que te reservei
Mais, cem paus acrescentarei
Para folgares e entrar
Às dez da noite de Quarta
Fechas às duas do dia seguinte
Regressava, feliz Avenida abaixo
Depois Rua do Benformoso
Passava o chafariz
A seguir
A íngreme Calçada do Monte subia
Largo da Graça e Rua de Santo António
Travessa da Bela Vista, onde vivia
Perto das cinco do outro dia
Por vezes, a porta abria
Na madrugada, a Avenida descia
Nos Restauradores
Trabalhadoras nocturnas de esquinas
Viam-me como se fora freguês indigente
Encontrava-as bamboleantes, traquinas
Ignoravam-me, de repente
Porém, deviam conhecer-me
Ora as meninas!...

Daniel Costa

domingo, 24 de junho de 2012

POEMA LIDERAR

                             


POEMA LIDERAR

Diria o lisboeta alfacinha
Há lideranças, puros gestos de vaidade
Em que a prosápia é a rainha
Porem há lideranças de criatividade
Essas são sempre bem aceites
Seguida e a gerar certa a produtividade
Assim é exemplar simples sem anexos ou enfeites
A pedagoga Ma Socorro, com tranquilidade
No longínquo departamento brasileiro do Piauí
Na Marcolândia sua adorada cidade
Tudo contorna com a sua real, diga-se intelectual
Versátil e simples forma de sagacidade
Tanto actua na escolaridade do ensino
Como no desporto escolar com bondade
Escreve e publica bela poesia a sós
Torna-a agradável, usando sensualidade de verdade
Do mesmo jeito, acamarada em parcerias
Com variedade
Com parcimónia
A quem Ma Socorro dispensa amizade
Tendo sido distinguida no agreste noroeste
Pode ser aferida a sua capacidade
Por distinções da sua escola
Da própria edilidade
Da interessante Marcolândia
Amada cidade

Daniel  Costa

domingo, 17 de junho de 2012

POEMA SONHO LOUCO


SONHO LOUCO

Num sonho louco
Guerreiros da história
A todos recordei um pouco
Neros, Napoleões
Também a escória
Vem depois à memória
Viriatos e Sertórios
Mais os bravos navegadores
Esses lusitanos
Ao traçarem novo mundo
Deram volta à história
Os seus feitos anotados
Em versos cantados
Por muitos de pena armados
Vem depois um épico
Chamado Luís Vaz de Camões
Viajando por China e Índias
Numa gigantesca epopeia
Diz ter sido mordido por sereia
Gravou em letra doirada
Indelével e eternamente
O nome da Pátria amada
Pobre feneceu
Evocado em estátuas de bronze
Em eternos pedestais
Parece sempre dizer
Portugueses:
- Aqui estou eu!

Daniel Costa